Tive uma infância com férias maravilhosas, onde passava 2 meses no norte, em Braga ou em Viana do Castelo.
Onde me esfolava toda, onde andavámos de bicicleta por linhas de comboio sem pensar no risco, onde andávamos perdidos na mata sem telemóveis, e onde cheguei a cair pelo monte abaixo até ter ficado "presa" num pinheiro.
Iamos "roubar" maçãs, milho e amoras e comíamos até não poder mais.
Tínhamos um tanque que era a nossa piscina de luxo.
Tínhamos as mãos, braços, joelhos sempre esfolados.
Não há melhor recordação que o pôr do sol, virado ao mar, a comer uma fatia gigante de broa quente...
Vi a primeira chuva de estrelas, numa noite de verão, deitados num terraço enfiados em sacos cama.
Vivi uma infância a rebolar na areia, relva, mata, silvas e por aí fora.
Fizemos a cabeça em água à "mãe" de tanta asneira junta.
Eu, e os meus dois irmãos de criação.
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